A
coluna vertebral é o eixo ósseo do corpo situado no dorso, na linha mediana,
capaz de sustentar, amortecer e transmitir o peso corporal, suprir a flexibilidade
necessária à movimentação, proteger a medula espinhal e junto com as costelas
e o esterno, formar o arcabouço torácico, que funciona como um fole para
os movimentos respiratórios e proteção ás vísceras abdominais.
Ao
longo da idade, por sobrecarga às estruturas articulares, más posturas, envelhecimento
corporal, erros de formação e outras circunstâncias, a coluna pode desenvolver
algumas patologias que potencializam o desarranjo angular de seu eixo e evidência
os desequilíbrios ósteo musculares.
De
acordo com a Professora Milena Dutra, docente nos cursos de pós-graduação
da Universidade Gama Filho aprender a lidar com as lesões é muito importante.
E ela dá as dicas das alterações mais comuns do acometimento axial: estenose
vertebral, hérnia de disco e espondilólise espondilolistese.
A estenose do canal vertebral
é um estreitamento do diâmetro do canal medular que pode acometer qualquer
segmento, cervical, torácico ou lombar, concomitante a um esmagamento de
raiz nervosa com consequente dor radicular: parestesia, formigamento, irradiação
e perda de força. Primária por afunilamento ósseo ou secundária a hérnia
discal ou escorregamentos, a estenose é bem mais comum do que se imagina.
A hérnia de disco
consiste de um deslocamento do conteúdo do disco invertebral denominado núcleo
pulposo, através de sua membrana externa, o ângulo fibroso, geralmente em
sua região posterolateral, que pode acontecer em qualquer nível invertebral
por sobrecarga, desgaste, trauma e esforço repetitivos principalmente em
flexão e rotação de tronco. A hérnia discal gera dor latente irradiada para
membros inferiores quando alojada na região lombar e para membros superiores
quando instalada na cervical.
Por fim, não menos importante, a espondilolistese
é uma quebra em localizações do arco posterior da vértebra denominada pars
articular. Com isso, a quebra óssea inicial gera um escorregamento vertebral
adjacente, com maior prevalência na região lombar, muitas vezes associadas
à excessiva angulação da lordose lombar e outras causas.
Agora que você conhece um pouco mais sobre essas lesões, já sabe como lidar com elas?
Milena
Dutra, docente nos cursos de extensão e pós-graduação da Universidade Gama
Filho é mestranda em Endocrinologia Clínica pela UNIFESP, tem Residência
médica em Coluna e Traumatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo,
é especializada em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho,
em Ortopedia e Traumatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
e Graduada em Fisioterapia.
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